Sunday, August 10, 2003

ao vento

E com aqueles presentes na cabeceira, aquele bilhete numa mão e aquela foto na outra, perguntava-se se ele era mesmo o homem de sua vida. Mas será mesmo que existe o homem ou mulher da vida de cada um ou são apenas coisas criadas para nos fazer acreditar que existia? E ela sentiu-se impregnada destas coisas. Achou que era o momento de se livrar delas. E se existisse?

Mas outra pergunta era mais forte, porque todas estas dúvidas agora enquanto lia aquele bilhete? Não era o que esperou ouvir em todos aqueles anos. Não era o que queria... E por que todas aquelas dúvidas justo no momento em que ele dizia o que esperava ouvir?

Dentro dela uma vontade incontrolável de ligar e dizer, acabou. Porque tinha uma vida, planos e eles eram tão diferentes, viviam vidas completamente diferentes. Talvez fosse medo apenas. Liga, ele não está, mas alguém atende querendo saber exatamente quando chegaria. Então ele contou, ela pensa, se ele contou a ela, é sério. E ela devia estar feliz... mas era medo... tão grande que ela queria desistir e dizer que não daria certo e sentiu que se arrependeria.

E olhou novamente a foto dele, ainda em suas mãos. Pensou nos anos esperando. Então leu mais uma vez o bilhete. Estava feliz, era sério também para ele, finalmente.

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