Monday, September 15, 2003

carta à estranha

Como vais nesta vida que não sei onde levas? Na que me deste, tudo bem. Quer dizer, ainda não a sinto como minha. Sempre penso nesta vida emprestada nas sigo vivendo-a, da melhor maneira que posso. É... é uma vida grandiosa pelo tamanho das coisas que a cerca, mas de pequena importância. Porém penso na real importância da minha verdadeira vida para o mundo, não encontro, seguimos empatadas.

Meu problema aqui é que não relaxo, tento viver esta vida como minha mas esbarro na minha própria incapacidade de esquecer. Talvez se ma desse, realmente. Penso sa quereria se ma oferecesse. A primeira resposta é negar com veemência, mas não sei se acabaria me acostumando e esquecendo daquela outra, a minha verdadeira que segue abandonada já que não a emprestei a ninguém.

Não, não tenho a intenção de emprestá-la porque pode calhar de gostarem e não ma devolver. Neste caso ficarei tão triste e tentarei de todas as maneiras tê-la de volta que prefiro não me arriscar. Ela segue vazia para sorte de uns e azar de outros.

Parece mesquinho segurar aquela em minhas mãos quando de boa vontade me emprestou a tua. Fui eu quem a pediu por alguns meses, contudo parece mais difícil do que supunha andar por ela. Faço com a disposição que posso e acho que a tenho vivido bem. Talvez não a agrade, mas tento aproveitar para ver a minha vida sem deixar-me de lado.

A carta era apenas para agradecer e contar as novidades, o que foi feito. Desculpe a demora, mas espero notícias tuas em breve.
Beijos,
Sphinx.

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